sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CONHECIMENTO E O MUNDO CORPORATIVO

"Mais que o Relacionamento e sua Trajetória apenas o 'Conhecimento' leva o Homem a Dominância e o torna Competitivo no Mundo Corporativo" Andrelino Marcos Ferreira Lopes
Fiquei pensando no meu último artigo, sobre a importância do contato entre o surdo e o ouvinte, em como trabalhar isso dentro das empresas, mas alguma coisa ficou me incomodando. Conversando com o Andrelino, uma pessoa que, como ele mesmo disse, sempre atuou nas empresas focando o Capital Humano e seus limites a serem superados, sua frase elucidou minhas dúvidas.

O conhecimento é um ponto importantíssimo nessa busca por um lugar digno dentro das organizações. O estudo empodera a pessoa, dando-lhe mais segurança para enfrentar o Mundo Corporativo, permitindo que ela sonhe e mais, busque e realize as suas expectativas. 

Segundo as pesquisadoras Marin e Góes, os surdos que trabalham como instrutor de libras estão mais integrados e felizes. Na pesquisa, isso é atribuído ao fato de estarem dentro de um ambiente que os valorize, além de estarem em contato com a comunidade surda. 

Porém, acredito que vai além. A possibilidade de uma profissão, a necessidade de estar sempre atualizado e principalmente a valorização pelo seu trabalho o tornam mais felizes. Confirmam sua autonomia e mais, suas potencialidades, aumentando sua autoestima e seu potencial.

O estudo é fundamental na vida de qualquer pessoa, desde a educação infantil até a pós-graduação, o conhecimento vai sendo agregado e vai agregando na vida de cada um, independentemente de suas dificuldades, raça, credo, condição social.

Muito se tem falado sobre a educação dos surdos, da fundamental importância da Libras como primeira língua e do ensino bilingüe nas escolas. Muitas pesquisas já foram realizadas e outras tantas estão em andamento. As barreiras enfrentadas pelos surdos nessa jornada educacional são muitas, e a comunicação é a principal. Diante das dificuldades, muitos surdos abandonam seus estudos antes mesmo de completarem o ensino médio. Aqueles que conseguem alcançá-lo deparam-se com uma barreira enorme que é o acesso ao ensino superior.

E é nesse momento que o ingresso no mercado de trabalho, ou a procura por melhores qualificações, se dá. E independente de ser surdo ou ouvinte, faz diferença ter ou não ter esses conhecimentos. 

Pouco se tem investido na acessibilidade dos surdos na graduação. As Universidades precisam assumir suas responsabilidades na formação do conhecimento global que abrange a sociedade como um todo. Permitindo o acesso dos surdos ao nível superior (através de vestibulares adaptados e intérpretes nas aulas), possibilitarão a eles chances de estudarem e mostrarem suas potêncialidades e habilidades para se tornar Competitivo no Mundo Corporativo.



Esse blog foi criado pensando num lugar para debates, sinta-se à vontade para colocar sua opinião! 

Até próximo post.

Referencia:


Marin, Carla Regina e Góes, Maria Cecilia Rafael. A experiência de pessoas surdas em esferas de atividade do cotidiano. Cad. Cedes, campinas, vol. 26, n.69, p. 231-249, maio/ago.2006.


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